Porque o termo “Odalisca” é ofensivo
E aí pessoal. EU ERREI. Isso, em letras garrafais, errei rude, errei feio e espero consertar um pouco as coisas com essa postagem. Na noite do dia 20 de julho recebi um email da Karoline, dançarina do ventre, que elogiou muito essas artes. Mas ela me chamou atenção para um erro meu. Usei o termo Odalisca e esse termo é pejorativo, segue a explicação dela.
"Harém significa proibido, pois é uma área exclusiva para as mulheres e crianças (e lá eles tem restrições dentro de casa, determinado lugar é para homem e outro para mulher). Temos diversos tipos de harém e no harém uma odalisca era classificada na parte mais inferior da estratificação social do harém. E a dança não pertencia somente as odaliscas (essas por ser inferior, vulgarizam o bagulho, misturando sexo, nudez com a dança). Então, dá uma treta maligna chamar uma dançarina de odalisca. Lê ai que você entende melhor: http://www.danicamargo.com/danca-do-ventre/historico/harem Que a força esteja contigo!"Eu pedi desculpas a ela, peço desculpas a todas as dançarinas e peço desculpas ao público por toda essa bagunça que criei aqui. Sei que não se muda todo um contexto da noite pro dia, mas de agora em diante vou ficar mais esperto e tentar usar termos que eu domino nas postagens. Uma coisa importante também é não julgar as Odaliscas. Obrigado Karoline, você poderia me atirar pedras, fazer textão no facebook, mas você foi de uma empatia ímpar. Obrigado, mesmo, pela paciência e didática. E que a força esteja conosco =)
Diário de Leitura: 50 tons de cinza – parte 7

Diário de Leitura: 50 tons de cinza – parte 6

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Diário de leitura: 50 tons de cinza

Marçal na Comic Con Experience
Estaremos eu e o Coala.
Ah vá! Você não sabe o que é uma Comic Con? Clica na imagem aí, bocó.

Zíper e O pior dia da semana
Um texto de 14 de abril de 2006...
O relógio dizia que já era noite, mas o sol teimava em ir embora. Quando Zíper ouviu aqueles passos não conseguia acreditar.
– Opa – Disse ele erguendo as orelhas – Será que estou ouvindo bem? Não é possível, ainda está claro. Se bem que o caminhão que come nosso lixo também já passou.
E os passos agora pareciam mais próximos.
– É ele mesmo! E está trazendo... SACOLAS. – E saiu correndo para o portão com a língua de fora. – PAPAI!
Túlio já tinha se acostumado com o alvoroço que Zíper fazia todos os dias, desde filhote foi assim, alegre e bagunceiro.
– E aí Papai, o que tem nessas sacolas? – "Dizia" Zíper enquanto enfiava o focinho nelas. – O cheiro é bom.
– Sai daí, Zíper. – Túlio tentava erguer as sacolas. – Isso não é para você.
Mas Zíper era mais teimoso que uma mula empacada, curioso como um gato. E a alegria de rever o dono era tanta que ele não parava de pular.
– Ei! Eu sei o que é isso. Vermelhinha, cheirosa, suculenta, separada em gomos... é linguiça! Eu tenho certeza que foi um cachorro que inventou essa maravilha gastronômica! – Disse Zíper com o rabo abanando – Me arruma uma aí, vai. Só uma.
– Zíper! Sai, você está me sujando todo.
– Ah, deixa eu contar. A Mamãe me deu uma vassourada hoje, só porque eu entrei na cozinha.
– Vai deitar, vai. Depois a gente brinca.
– Diz para a Mamãe que eu sou legal, ela não gosta de mim, só da Lisa.
– Eu vou te dar umas chineladas, cachorro teimoso.
– Tudo bem, parei, mas... E essa linguiça aí? Tem jeito? Ração todo dia enjoa.
Mas Túlio entrou e fechou a porta. Zíper murchou as orelhas e ainda conseguiu ouvir a Mamãe dizendo algo como "Cachorro fedido, imundo" e o Papai respondendo "Amanhã, se fizer sol, eu dou um banho nele".
Zíper reergueu as orelhas e arregalou os olhos, involuntariamente tremia cada pelo.
As suas pulgas gritavam: TERREMOTO.
Ele sabia muito bem o que significava aquela palavra, banho é sinônimo de tortura, banho é sinônimo de sofrimento, dor e frio.
Fora o cheiro de sabonete que só sai depois de umas três roladas na terra.
Mas alguma coisa não fazia sentido. Zíper só tomava banho aos sábados, o Papai não tinha ido trabalhar ontem, e hoje sim, então amanhã é terça-feira. Ou será que ele está de férias, igual o Bebê? Ou será que eu errei a minha conta e amanhã é sábado?
– Será que eu dormi demais no domingo e só acordei na sexta-feira?
– Sábado... Dia de Churrasco... Segunda... Terça... Ou seria Sábado de novo... Ai, me perdi.
Aquela noite foi longa demais para Zíper.
...
Assim que o dia nasceu Zíper viu Lisa sair pela cozinha. Venceu seu orgulho e foi falar com a gata da casa.
– Ouf. – Chamou enquanto latia.
– Que éééé? – Respondeu a gata toda ofendida.
– O Papai está se arrumando para ir trabalhar?
– Nhãão. – Disse ela enquanto miava e bocejava.
– Mas hoje não é terça-feira?
– Não, hoje é sábado, eu já te ensinei isso.
– Eu sei, mas o Papai não foi trabalhar antes de ontem, já ontem ele foi.
– Pois é, mas hoje é sábado.
– Por que ele não foi trabalhar antes de ontem então.
– Porque quinta-feira foi feriado.
– Feriado? – Ele estava exausto de tanto pensar – Não, olha! Me acompanha! Sábado, Dia do churrasco, segunda-feira, sábado... Não, terça-feira... Ou sábado? Me perdi de novo... Esse feriado aí é novo.
– É, um dia que eles inventaram para não trabalhar nem estudar.
– E pode?
– Uhum. Mas por que o interesse?
– É... – Ele não queria revelar seus receios à gata – Nada não.
– Já sei porque você está assim tão curioso.
– Já disse que não é nada.
– Você está com... medo.
– Não estou.– Mas suas pernas trêmulas denunciavam o contrário.
– BANHO!
Ao ouvir a palavra maligna, Zíper saiu correndo e chorando para dentro de sua casinha deixando para trás a Lisa que gargalhava.
A gata até soluçava quando chegou à porta da casinha de Zíper, ainda ria um pouco quando perguntou.
– Porque tanto medo de banho, eu tomo banho todos os dias.
– Não vem, não. Seu conceito de banho é completamente outro. Acha que lamber o chibiu é banho, isso eu também faço. Quero ver você entrar numa tina d'água com sabão antipulgas.
– Eu sou limpa, não preciso dessas atrocidades.
– Limpa? Dê uma olhada aqui. – Dizia Zíper abrindo a boca – Vê meus dentes? - Era impossível para a Lisa não ver - Nenhuma cárie, hálito fresco, sorriso igual o do Rim Tim Tim. Agora você! Você tem o maior bafo de peixe do mundo.
– Não é peixe, é Atum.
– Pois diga para o Atum que ele fede igual peixe.
– Mas você não disse o porquê de ter medo de banho.
– É que eu não preciso de banho, não é medo.
– Então pára de tremer. O Poodle aqui da frente toma banho numa boa.
– Poodles. Quem te falou que poodle é cachorro? Eles são uns brinquedos a pilha, envergonham a classe canina.
– A pilha, mas não tem medo de BANHO.
...
E não teve jeito, Túlio veio decidido a dar um banho no Zíper e mais uma vez conseguiu, não que tivesse sido fácil, ele se molhou tanto quanto Zíper. E para a alegria de Lisa e para a tristeza de Zíper... Sábado que vem tem mais.
Aniversário dos Proféticos
